BRF contrata R$1,4 bi em linhas de crédito para reforçar liquidez
A BRF (BRFS3.SA) contratou linhas de financiamento no montante agregado de aproximadamente R$1,4 bilhão junto a instituições financeiras no Brasil, com prazo de um ano. A informação foi divulgada em comunicado da companhia, enviado na noite de terça-feira (31/3), citando que as operações foram feitas entre 25 e 31 de março.
“Essa iniciativa visa reforçar, preventivamente, o seu nível de liquidez durante esse período de grande volatilidade”, afirmou a empresa de alimentos, citando incertezas trazidas pela epidemia de Covid-19.
A BRF ainda destacou que, em 27 de dezembro de 2019, contratou uma linha de crédito rotativo (revolving credit facility) junto ao Banco do Brasil, no montante de até R$1,5 bilhão , pelo prazo de até três anos e cujos recursos não foram desembolsados.
Na véspera, a Reuters publicou reportagem citando que companhias na América Latina estão correndo para sacar linhas de crédito pré-aprovadas, com os mercados locais de bônus fechados e a ajuda do Estado demorando a se materializar.
Contração na Indústria
As medidas contra o coronavírus atingiram em cheio a indústria do Brasil e levaram o setor a contrair pela primeira vez em oito meses, com forte queda da demanda em meio ao fechamento de empresas, informou a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês).
Os dados divulgados nesta quarta-feira (1/4) pelo IHS Markit mostram que o PMI da indústria foi a 48,4 em março, de 52,3 no mês anterior, de acordo com dados coletados entre 12 e 24 de março de 2020 e que apontam a queda mais acentuada no desempenho do setor industrial desde fevereiro de 2017.
O cenário econômico é piorado e em muito pelas consequências da pandemia do coronavírus no Brasil e no mundo, diante das incertezas relacionadas ao surto, com o fechamento de empresas para manter seus funcionários em quarentena.
O volume de novos trabalhos diminuiu no ritmo mais rápido desde janeiro de 2017, com fechamento parcial de fábricas e queda acentuada da demanda levando a cancelamentos de pedidos por parte dos clientes, o que provocou a redução da produção.
Os fabricantes também registraram pressões fortes de custos, mencionando que a desvalorização do real em relação ao dólar se traduziu rapidamente em preços mais altos para componentes industriais.
Assim, as cargas de custo médio aumentaram acentuadamente em março, e a taxa de inflação de custo de insumos foi a mais forte desde outubro de 2018. Como resultado, os preços cobrados subiram ao patamar mais alto em 18 meses.
Informações retiradas do site da Reuters
Data | Produto | Valor |
---|---|---|
18/01/2021 |
Congelado + (kg) | R$ 5,86 |
18/01/2021 |
Resfriado + (kg) | R$ 6,20 |
* ORIGEM BASTOS (SP) |
Data | Produto | Valor |
---|---|---|
11-15/01/2021 |
Branco + Vermelho + (cx. 30 dúzias) | R$ 94,62 R$ 110,24 |
* ORIGEM BASTOS (SP) |
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